11ª Miolo(s): livrarias, revezamento e última semana de inscrições
E mais: publicação da Livro de Domingo, representatividade feminina nas HQs, cursos no MIS e na Sala Tatuí, 3 livros de quadrinistas mulheres e um detalhe
11ª Miolo(s) confirmada
A Miolo(s), feira anual de arte gráfica autoral, chega na 11ª edição nos dias 2 e 3 de novembro, na Biblioteca Mário de Andrade (Rua da Consolação 94, São Paulo/SP). As inscrições para publicadores são gratuitas e estão abertas até o próximo domingo (25) por meio do site oficial do evento. Neste ano, a Miolo(s) contará com vagas para livrarias independentes, ampliando a diversidade de obras e contemplando esse importante ator do ecossistema literário. Outra novidade: publicadores de São Paulo/SP vão participar em apenas um dos dois dias, ampliando para ainda mais expositores. O tema central da Miolo(s) será a singularidade das técnicas artesanais de impressão. Para aquecer os motores, o Esquenta Miolo(s) trará encontros e atividades formativas nos dias anteriores. Criada em 2014, a Miolo(s) é uma produção da editora Lote 42. A última edição teve como tema "Imprimir pra quê?", contou com a presença de mais de 10 mil visitantes e centenas de expositores. Mais novidades serão divulgadas nas redes sociais e no site da Miolo(s).
Caramba! Domingo!
Um cartaz-publicação será distribuído durante o evento Livro de Domingo, que acontece no domingo (25), das 10h30 às 17h, no Bulevar do Rádio, em São Paulo/SP. A peça, criada por Gilberto Tomé, da gráficafábrica, serve como um guia impresso de oito livrarias especializadas da cidade. Tomé também vai ministrar a oficina aberta e gratuita Caramba! Carimbo! – os participantes poderão personalizar a publicação com carimbos ou criar uma do zero. Durante a feira, cada livraria apresentará um recorte específico dentro do universo literário, com arcos temáticos que vão de futebol à arquitetura. Mais detalhes do evento na edição nº 97 deste Boletim Tatuí. Livro de Domingo é promovida pelo Sesc Av. Paulista e conta com a produção da editora Lote 42.
Onde estão as mulheres?
Levantamento realizado com 1.168 quadrinhos publicados entre janeiro de 2010 e maio de 2024 de dez editoras nacionais revelou que apenas 18,3% dos gibis possuem ao menos uma mulher no time criativo e que 7,3% são de artistas brasileiras. A pesquisa, feita pelo Além dos Quadrinhos a partir de editoras que publicam ao menos dez gibis por ano, excluiu selos focados em heróis e mangás. A editora que menos publica mulheres é a Comix Zone, com cinco das 77 obras do catálogo, sendo que nenhuma delas é do Brasil. A Mino vem em seguida, com sete das 101 obras com mulheres. Dessas, três são de autoria da editora-chefe Janaína de Luna – a única mulher no cargo entre as editoras consideradas. Pipoca & Nanquim e Darkside possuem apenas um livro de autora nacional cada. Leia o estudo aqui.
Curso, oficina e conversa
O Museu da Imagem e do Som (MIS) abriu inscrições para o curso presencial "O plano de voo da publicação independente", nos dias 24 e 26/9 e 1º e 3/10, das 19h às 21h30, com valor de R$ 160. Ministrado por João Varella e Cecilia Arbolave, da Lote 42, o curso aborda de forma prática as diferentes etapas da criação de livros. Também em setembro, na Sala Tatuí, o artista uruguaio Troche conduz o 2º módulo da oficina virtual "Desenho e processos criativos". E ainda neste mês, em 31/8, no Galpão Comum, Rodrigo Casarin e João Varella conversam sobre crítica, formação de leitor, escolhas literárias, entre outros assuntos no aniversário de um ano do lançamento de A Biblioteca no Fim do Túnel, publicado pela Arquipélago Editorial. Mais detalhes nas redes sociais da Sala Tatuí e do Casarin nos próximos dias.
3 livros de quadrinistas mulheres brasileiras



Magra de ruim
Já no título, Sirlanney se expõe e decreta o que está por vir. Com ilustrações e quadrinhos derivados do blog homônimo, que remete a um desagradável apelido dos tempos de escola, a autora cearense navega, sem amarras, nas suas dores e angústias, transportando-as para o plano da arte e soltando-as para o mundo. A obra foi publicada pela Lote 42. Adentre-se aqui.
A casa do Diabo: a mina, a lesma e o caracol
Em uma atmosfera profana e sagrada, personagens diversos desfilam por entre as páginas desta obra da artista brasiliense Dona Dora. Reflexões sobre o amor e o erótico são retratados nas ilustrações e diálogos com toda a liberdade que os corpos nos permitem. Doses generosas de BDSM também estão presentes. A edição é da Pé de Cabra. Aventure-se aqui.
Vítimas de delinquência alienígena
Seres de outros planetas soltos pela Terra cometendo contravenções galáticas? Temos. Este é o relato que a quadrinista capixaba Emilly Bonna traz nesta história sideral publicada pela Mau Gosto Corp.. Uma turma de alienígenas cai em nosso planeta e, ao encontrar peculiares seres humanos, a magia acontece. Viaje aqui.
dadinho [dicas culturais aleatórias]
Vídeo mostra o projeto gráfico de Sapos e Sonhos, de Cecilia Arbolave, à venda apenas até esta terça (20)
O clube de leitura de games Ludens, da Sala Tatuí, discute F.I.S.T. no sábado (24), às 15h
Alunos da UFPR organizaram um laboratório de editoração com mentorias de editores profissionais
A Flip lançou uma chamada para editoras independentes; o evento acontece de 9 a 13 de outubro em Paraty/RJ
A Feira Caleidoscópio reúne autores, artistas e livreiros independentes no centro de São Paulo/SP no dia 31/08
Nova livraria de rua na zona oeste de São Paulo/SP: a Caraíbas. Fica na rua Caraíbas 586, Perdizes
Um detalhe
Um detalhe da obra Relógio, de Valter Moreira, que propõe uma reflexão sobre diferentes maneiras de experimentar o tempo. Discorre sobre a dificuldade de equilibrar a vida no meio fio que separa as duas possíveis dimensões do tempo: racional e subjetiva. No projeto gráfico, o papel vegetal traz diferentes camadas narrativas. Valter Moreira é professor, pesquisador, quadrinista e artista plástico. Uma seleção das obras dele, publicadas pelo Selo Risco Impresso, estão agora disponíveis na banca física e virtual da Banca Tatuí.
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EXPEDIENTE: Boletim Tatuí; segunda-feira, 19 de agosto; ano 5; nº 99; escrito por João Varella, Guilherme Ladenthin, Ian Uviedo e Cecilia Arbolave; diagramado por Mariana Lensoni.