A conexão entre livros de artista e livros infantis no lançamento da Lote 42
E mais: "Temporais" na Banca Tatuí, exposição de Raquel Matsushita, feiras e eventos culturais, polêmicas da Lei Cortez, três livros sobre escrita, dadinhos e um detalhe
Só as figuras
O professor e pesquisador Amir Brito Cadôr explora a relação entre os livros de artista e os livros infantis em Eu nunca leio, só vejo as figuras, próximo lançamento da Lote 42. "Cada vez mais encontramos exemplos de obras de uma categoria que se aproximam da outra", escreve o autor. Eu nunca leio, só vejo as figuras destaca aproximações de temas e formatos comuns, como álbuns de colorir, alfabetos e bestiários. Apresentando mais de uma centena de títulos, muitos dos quais retratados por meio de ilustrações coloridas do artista Matheus Ferreira, o livro funciona como um guia de leitura para conhecer livros de artista. A partir de 8 de maio haverá uma série de atividades de lançamento com presença do autor em São Paulo/SP – entre elas, um curso no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc e lançamento na Livraria Miúda com Andrés Sandoval e Peter O Sagae. Mais informações em breve nas redes sociais da editora Lote 42. A obra está em pré-venda em diversas livrarias, incluindo a Banca Tatuí, que oferece entrega gratuita. Eu nunca leio, só vejo as figuras é o livro nº 53 da Lote 42.
Galeria & rua
A agenda da Banca Tatuí tem arte na rua e na galeria. Raquel Matsushita inaugura na quinta-feira (2), às 19h, a exposição “Poros”, na Galeria Página, com imagens que nasceram de livros ilustrados da autora. A Banca Tatuí participa com uma seleção de obras ilustradas, escolhidas especialmente para dialogar com a exposição. A visitação vai até 25 de maio, sempre de quinta a sábado, das 11h às 18h -- a Página fica na rua Purpurina 307, São Paulo/SP. No sábado (4), às 14h, a Banca Tatuí (rua Barão de Tatuí 275, São Paulo/SP) recebe o poeta William tRAPo e a artista Greice Rosa para o lançamento de Temporais (Negalilu). A poesia de William é influenciada pelo rap e pela arte urbana. Revolta e ternura se misturam às suas reflexões sobre o cotidiano. As ilustrações do livro são dele e de Greice — ambos vão autografar a obra e desenhar ao vivo.
Duas feiras e um mergulho
A Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH/USP) realizará a 12ª Festa do Livro da USP Leste. O evento, que ocorre de 7 a 9 de maio, das 9h30 às 21h, é gratuito e aberto ao público, oferecendo obras de diversas editoras com descontos. Paralelamente, a Escola Senai Theobaldo de Nigris promove uma imersão na arte gráfica (imagem acima) no dia 7 de maio, das 8h às 11h – a produtora gráfica da Lote 42, Cecilia Arbolave, será uma das palestrantes. As inscrições gratuitas acontecem pelo Sympla. Em Goiânia/GO, o destaque fica por conta do Mandrake Fest, que celebra o universo geek. O festival acontece na Vila Cultural Cora Coralina, de 10 a 12 de maio, e contará com oficinas e atividades para todas as idades, além de uma feira com trabalhos de artistas gráficos, editoras e quadrinistas.
Cortez em debate
A Lei Cortez, projeto que poderá barrar o domínio da Amazon no meio editorial brasileiro, voltou a repercutir recentemente. A Folha de S.Paulo publicou uma reportagem sobre os avanços da lei no Senado, usando discussões feitas no contexto do ciclo de debates do Circuito Livreiro no Sesc CPF, produzido pela Lote 42. O canal de YouTube Fora do Plástico discutiu como a empresa norte-americana domina o mercado de quadrinhos. Elio Gaspari, colunista da Folha de S.Paulo e de O Globo, publicou artigo exaltando Jeff Bezos, bilionário criador da Amazon, e fez comparações do livro a produtos como sabonetes e caminhões. O presidente da ANL, Alexandre Martins Fontes, canal Literatura Br e a Livraria Cabeceira rebateram o texto de Gaspari. O editor da Castanha Mecânica, Fred Caju, discutiu as livrarias no final da gravação do Papo Tatuí.
3 livros de escrita
O ruído de uma época
Um tríptico dividido em aforismos, correspondências e ensaios sobre literatura contemporânea escritos por Ariana Harwicz, autora de Morra, Amor. Questões como limites da arte entram no debate. Com tradução de Silvia Massimini Felix, saiu pela Instante. Conheça aqui.
Pequeno inventário dos meus erros
Seleção de contos de autoficção da escritora argentina Cecilia Pavón, em que o escrever ganha protagonismo. "Sou professora de uma oficina literária" são as primeiras palavras da obra. Tradução e edição de Marcelo Lotufo, da Jabuticaba. Conheça aqui.
O lugar das palavras
A editora Vanessa Ferrari põe o foco em cinco tipos ideais de narradores para discutir escolhas do autor e estratégias de narrativas. O uso de jargões, aspas e tamanho das frases são alguns exemplos. Uma publicação da Moinhos. Saiba mais aqui.
dadinho [dicas culturais aleatórias]
Paulina Cho, da livraria Aigo, fala sobre memória, pertencimento e cultura no podcast Papo Tatuí…
…Ela também criou o game Pindrop Daily, em que você descobre músicas de diferentes partes do mundo
A Edições Flecha encerrou as suas atividades e colocou o último lançamento com 30% de desconto
A revista Intempestiva também suspendeu os trabalhos e disponibilizou suas edições gratuitamente
Saiu o sexto vídeo de bastidores da produção de O livro de fazer livros, de Cecilia Arbolave, da Lote 42
A prefeitura de São Paulo/SP dispõe de roteiros turísticos gratuitos pelos principais pontos da cidade
Um detalhe
Um detalhe de Esta noite, sonhei que era dragão, de Gastón Hauvillier, traduzido por Dani Gutfreund e publicado pela ÔZé Editora. A obra em formato acordeão traz dois lados: um colorido e outro mais sombrio. Nesses mundos oníricos, um poema inspirado em uma antiga receita chinesa estimula o leitor a criar seus próprios dragões e ainda a dar nomes a eles.
O Boletim Tatuí é a newsletter da Banca Tatuí, livraria de publicações independentes de São Paulo. Conheça a banca virtual em bancatatui.com.br e acompanhe nas redes sociais: facebook | instagram | x | youtube | tiktok
EXPEDIENTE: Boletim Tatuí; segunda-feira, 29 de abril; ano 5; nº 91; escrito por João Varella, Cecilia Arbolave e Guilherme Ladenthin; diagramado por Mariana Lensoni.